segunda-feira, 19 de março de 2012

incondicional

Incondicional.
A guerra agora é o afeto contra o desapego.
As dúvidas de até onde se deve ir, do valor que se pode ter se seguir em frente.
Coração em candura, desespero, desassossego e saudade.
Um certo poeta disse que os olhos mentem dia e noite a dor da gente.
Até certo tempo atrás eu amargurava cada trecho deste, hoje eu entendo.
Usando o tempo a favor dos meus problemas, segurando os caminhos por temer mudanças...
Deixando as lágrimas se espalharem.
Deixando o tempo brincar.
Deixando o tempo dançar.
Desejando o tempo voar.

Chegando ao limite, ignorando os fatos.
A dificuldade que teima em chegar.
Lentamente querendo entender o porque desse turbilhão de sentimentos.



Enfim, agora é insistir na caminhada.
E é assim que eu vou.
Me reinventando, me refazendo, colando os cacos.
Desejando que a força que existe em mim, seja maior que os meus sonhos para que eu os possa alcançar.
E é isso, acreditar.
acreditar
acreditar
e acreditar.





No fim vai dar tudo certo.
Felicidade reinará.


- ao som de Crush - Dave Matthews Band






quarta-feira, 14 de setembro de 2011

sem fim.

Frio, Escuro, Solidão.
Qual o pior?
Acho que a resposta não é um, ou dois. É a junção dos três.
Qualquer pessoa, por mais independente que seja, ao se deparar em um corredor vazio, escuro, sentindo frio e sem companhia alguma, sente a a frustração de se sentir dependente de alguém.
O vazio não é só no corredor, é dentro de si,
Com isso, a necessidade de companhia, de afeto, se torna tão vital, quanto o ar que respiramos.
Acredito que não exista um ser-humano altamente adaptável a solidão, por mais forte que possa parecer.
Pode-se sentir vontade dos momentos sozinho, em que você tem total liberdade para fazer o que quer, mas e se esse momento ultrapassa o limite de um dia, um mês, de um ano?
Será que ter alguém do lado pra conversar, alguém que te faça bem, que te faça sorrir, não seria melhor que conviver plenamente com a solidão?
A falta do convívio de outras pessoas, afeta sim a maneira como você leva a vida,
E se de algum modo, a pessoa realmente sente prazer em estar afastado do convívio social?
Será que a culpa é das pessoas que não se adaptaram a você , ou, você que não se adaptou as outras pessoas?
Tem que analisar onde o problema se encontra.



                                        - Ao som de Ela x Ele na cidade sem fim - Vanessa da Mata


[Texto baseado em particularidades, turbilhão de sensações]

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

não solta da minha mão!

Se você quiser me contar seus segredos
Sou de todo ouvido.
Se os seus sonhos não derem certo,
Estarei sempre lá para você.
Se precisar se esconder,
Terá sempre minha mão.
Mesmo se o céu desabar,
Estarei sempre contigo.

Sempre que precisar de um lugar,
Haverá meu canto, pode ficar.
Se alguém quebrar seu coração.
Juntos cuidaremos.
Quando sentir um vazio,
Você não estará sozinha.
Se você se perder lá fora,
Te buscarei.
Te levarei prá algum lugar
Se precisar pensar.
E quando tudo parecer estar perdido,
E você precisar de alguém
Eu estarei sempre aqui. 

Martha Medeiros

E hoje (18.08.11) Me recordo daquele encontro em meio a ansiedade, carisma e um fanatismo que de certa maneira nos aproximou, nos tornou mais que amigas, somos companheiras e irmãs.
Que Los Hermanos seja a trilha sonora da nossa história e que a Subway continue promovendo nossos encontros fraternos.
Eu amo vocês!

segunda-feira, 13 de junho de 2011

a borboleta ♥

Passa uma borboleta por diante de mim
E pela primeira vez no Universo eu reparo
Que as borboletas não têm cor nem movimento,
Assim como as flores não têm perfume nem cor.
A cor é que tem cor nas asas da borboleta,
No movimento da borboleta o movimento é que se move,
O perfume é que tem perfume no perfume da flor.
A borboleta é apenas borboleta
E a flor é apenas flor.  
Alberto Caeiro





 "E ela não passava de uma mulher... inconstante e borboleta."
Clarice Lispector

"Borboleta parece flor que o vento tirou pra dançar."
Fernando Anitelli


FELIZ ANIVERSÁRIO, minha borboleta mais linda!
Que Deus continue me abençoando com sua amizade, seu respeito e seu carinho.
O Teatro Mágico nos uniu, mas nada nos separa.
TE AMO RARA LINDA :)

quarta-feira, 1 de junho de 2011

                                                                                             - vai passar ♪

segunda-feira, 23 de maio de 2011

     Estes são trechos de uma Carta ao Coração que foi dada ao Paulo Coelho por Vania Williamsom:
     "Meu coração: eu jamais te condenarei, te criticarei ou terei vergonha de suas palavras. Sei que és uma criança querida de Deus e Ele te guarda no meio de uma luz radiante e amorosa.
    Confio em ti meu coração. Estou do teu lado, sempre pedirei bênçãos em minhas orações, sempre pedirei para que tu encontres a ajuda e o apoio que necessitas.
     E te peço: confia em mim. Saiba que te amo e que procuro dar-te toda a liberdade necessária para que continues batendo com alegria em meu peito. Farei tudo que estiver ao meu alcance, para que jamais te sintas incomodado com a minha presença a tua volta".

Ultimamente, voltei a ler livros, trechos do escritor Paulo Coelho, mas nada me encanta mais do que as coisas relacionas ao Guereiro da Luz, já se tornou uma coisa que eu levo comigo, especie de amuleto.
Ganhei do meu pai, uma coleção de livros da Caras do grande mago, "Coleção Contos do Alquimista" e o trecho citado acima foi do Caderno de Anotações II . Recomendo a leitura, principalmente deste. Isso de falar de amor, coração... já se tornou tão clichê. Mas, quando o coração fica apertado, envolto a sentimentos e felicidades, não há quem não goste de dizer pro "mundo" o quão se sente especial naquele momento.
E é dessa maneira que eu me encontro, bem feliz.
Queria passar por aqui só pra falar da felicidade que sinto, porque a muito isso não acontecia.
Posso dizer que tenho carinho, amor, proteção, companheirismo e a compreensão do meu lado e que tudo continue assim.



Então, nos resta o amor. Nos momentos em que tudo o mais é inútil, ainda podemos amar - sem esperar recompensas, mudanças, agradecimentos. - Paulo Coelho

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

melodias

Quero pôr o bonito numa caixa com chave de abrir de vez em quando e olhar. [...]
Adélia Prado, in: Manuscritos de Felipa

Hoje resolvi falar das confusões e confissões dos últimos dias.
Em verdade, o que mais pude reparar é que nem especialmente alegre ou triste se precisa estar.
Dias movimentados, movimentos autônomos do corpo.
Aos poucos me perco cantarolando músicas que expressam pura sentimentalidade.
Acabo por perceber o quanto essas tais músicas se encaixam no meu cotidiano.
Eis uma delas: "e pra cada pétala que o outono leva em vão, é a vida que abre portas e te muda a direção..."
Musicalidade pura, sintonia, melodia, letra.
São registros preciosos.
Ao se deparar com problemas que sempre acabam nos abatendo, deixando-nos tristes, acreditando que o pior só acontece com a gente e claro, sempre achando que a culpa é de outrem e não nossa... Perdemos-nos da realidade, da fé, da confiança e na crença sobre dias melhores.
Nem sempre é tão fácil acreditar que dias melhores virão sem dor, mas ele chegam, podem demorar, mas com certeza chegam.
É necessário acreditar que coisas que nos incomodam tanto, podem servir como aprendizado, um amadurecimento do corpo e da alma, para as próximas situações que a vida irá impor.
Da vida, o que se sabe, é que estamos sempre expostos a inúmeras surpresas... Elas, agradáveis ou não.
Então, ao vivenciar situações como essas, onde o inesperado aos poucos se torna tão comum aos nossos olhos, acredito que devemos verificar, analisar e sempre deixar-se levar pelos pequenos momentos, onde o inesperado pode sempre nos surpreender.


Ao som de “Years of solitude” de
Astor Piazzolla e Gerry Muiligan


Paz & Flores

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Outra vez.


Mais um ano se acabando, tantas promessas se esvaem.
Hora de avaliar, tudo o que se passou.
Felicidade? O que te deixou feliz em 2010?
Tristeza? O que te trouxe infelicidade em 2010?
Essas são sempre as principais perguntas.
Em verdade, acho dificil fazer definição de felicidade, quando o que mais pesa e o que mais se deixa marcado são os momentos de infelicidade.
Lembro de promessas feitas, algumas realizadas, outras não... Mas e essas que não foram, que valor elas tem? Não valiam a pena, ou resolveu dar prioridade a outras promessas?
E os sonhos? Ah, os sonhos...
Sonhar demais cansa!
Tem que ter força, garra e disposição para "correr" atrás deles e os tornar realidade.
Eu tive realizações esse ano?
O que eu tornei real?
E o amor? Eu esperei um amor? Esse amor chegou? Esse amor se foi? Se foi, não espere tanto desse amor... Mas e se foi, foi eterno enquanto durou?
Enfim, reflexões demais para um dia só.
É isso, 2011 está ai batendo na porta.
Hora de seguir em frente, seguir só, caminhando com as próprias pernas.
Hora de buscar um novo tempo de sonhar, esperar as flores se abrirem e acreditar que o amor nunca vai ter fim.
Quero levar a vida assim... Quero seguir me afastando das pessoas que não vêem nada além de si.
Uma mudança muito estranha.
Quero mais pureza, mais calma, mais carinho, mais alegria, mais poesia, mais proteção, mais fé, mais música... é, mais música.
Por fim...
A esperança é um dom que eu tenho em mim, eu tenho sim... A pétala não secou.

Feliz 2011!

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Amizade sem trato - Martha Medeiros

Dei pra me emocionar cada vez que falo dos amigos. Deve ser a idade, dizem que a gente fica mais sentimental. Mas é fato: quando penso no que tenho de mais valioso, os amigos aparecem em pé de igualdade com o resto da família. E quando ouço pessoas dizendo que amigo, mas amigo meeeesmo, a gente só tem dois ou três, empino o peito e fico até meio besta de tanto orgulho: eu tenho muito mais do que dois ou três. São uma cambada. Não é privilégio meu, qualquer pessoa poderia ter tantos assim, mas quem se dedica?
Fulano é meu amigo, Sicrana é minha amiga. É nada. São conhecidos. Gente que cumprimentamos na rua, falamos rapidamente numa festa, de repente sabemos até de uma fofoca pesada sobre eles, mas amigos? Nem perto. Alguns até chegaram a ser, mas não são mais por absoluta falta de cuidado de ambas as partes.
Amizade não é só empatia, é cultivo. Exige tempo, disposição. E o mais importante: o carinho não precisa - nem deve - vir acompanhado de um motivo.
As pessoas se falam basicamente nos aniversários, no Natal ou para pedir um favor - tem que haver alguma razão prática ou festiva para fazer contato. Pois para saber a diferença entre um amigo ocasional e um amigo de verdade, basta tirar a razão de cena. Você não precisa de uma razão, basta sentir a falta da pessoa. E, estando juntos, tratarem-se bem.
Difícil exemplificar o que é tratar bem. Se são amigos mesmo, não precisam nem falar, podem caminhar lado a lado em silêncio. Não é preciso troca de elogios constantes, podem até pegar no pé um do outro, delicadamente. Não é preciso manifestações constantes de carinho, podem dizer verdades duras, às vezes elas são necessárias. Mas há sempre algo sublime no ar entre dois amigos de verdade. Talvez respeito seja a palavra. Afeto, certamente. Cumplicidade? Mais do que cumplicidade. Sintonia?
Acho que é amor.
Oh, céus! Santa pieguice, Batman! Amor? Esta lengalenga de novo?
Sério, só mesmo amando um amigo para permitir que ele se atire no seu sofá e chore todas as dores dele sem que você se incomode nem um pingo com isso. Só mesmo amando para você confiar a ele o seu próprio inferno. E para não invejarem as vitórias um do outro. Por amor, você empresta suas coisas, dá o seu tempo, é honesto nas suas respostas, cuida para não ofender, abraça causas que não são suas, entra numas roubadas, compreende alguns sumiços - mas liga quando o sumiço é exagerado. Tudo isso é amizade com trato. Se amigos assim entraram na sua vida, não deixe que sumam.
Porém, a maioria das pessoas não só deixa como contribui para que os amigos evaporem. Ignora os mecanismos de manutenção. Acha que amizade é algo que vem pronto e que é da sua natureza ser constante, sem precisar que a gente dê uma mãozinha. E aí um dia abrimos a mãozinha e não conseguimos contar nos dedos nem dois amigos pra valer. E ainda argumentamos que a solidão é um sintoma destes dias de hoje, tão emergenciais, tão individualistas. Nada disso. A solidão é apenas um sintoma do nosso descaso.
A maioria das pessoas não só deixa como contribui para que os amigos evaporem. Ignora os mecanismos de manutenção.
 

[Post em homenagem a Taian... 2 anos, não são dois dias. Eu amo você!]

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

na realidade crer.



"Vai passar, tu sabes que vai passar. Talvez não amanhã, mas dentro de uma semana, um mês ou dois, quem sabe? O verão está aí, haverá sol quase todos os dias, e sempre resta essa coisa chamada 'impulso vital'. Pois esse impulso às vezes cruel, porque não permite que nenhuma dor insista por muito tempo, te empurrará quem sabe para o sol, para o mar, para uma nova estrada qualquer e, de repente, no meio de uma frase ou de um movimento te surpreenderás pensando algo assim como "estou contente outra vez". Ou simplesmente "continuo", porque já não temos mais idade para, dramaticamente, usarmos palavras grandiloqüentes como "sempre" ou "nunca". Ninguém sabe como, mas aos poucos fomos aprendendo sobre a continuidade da vida, das pessoas e das coisas. Já não tentamos o suicidio nem cometemos gestos tresloucados. Alguns, sim - nós, não. Contidamente, continuamos. E substituimos expressões fatais como "não resistirei" por outras mais mansas, como "sei que vai passar". Esse o nosso jeito de continuar, o mais eficiente e também o mais cômodo, porque não implica em decisões, apenas em paciência."


                                       Caio Fernando Abreu